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sábado, 28 de setembro de 2024

ficção


num romance que escrevi a protagonista parecia ser boa de marketing. escondia bem à vista o que não sentia. não fazia ideia do que sentia. tinha medo de assombração.

 


noutro romance que escrevi a protagonista era contorcionista. seus pais eram artistas circenses. ela fugiu do circo aos 16 anos. foi viver com um gerente de marcas.

 


no último romance que escrevi a protagonista fabricava obscuros objetos para desejos opacos. se fazia estéril. crônica de cronos engolia os filhos que não ia tendo. puro branding.

 


em os romances que eu não

nunca escrevo

romance

não há protagonismos

andrejcaetano

? (@AplasIscariote)