nadam ao seu redor
citações plenas e palavras cibernéticas e palavras transsiberianas e também cristalina
confusão e meio da noite e luas minguantes e faces sisudas tratando-o como de
casa porém sem o ser que há nele idiota ondulando sua caudinha ziguezagueante
ziguezagueando pelas locas do córrego tal fosse aquilo o mar único que já houve
e haverá honra e glória imensas de se navegar submergido neste mundo fenomenal
não obstante infiminhas as cenozóicas escamas rabiscando a esmo a água em prata
sem pedra alguma para educar empoladas penas e as coisas reais e venturosas a
passar por ele liquidamente intangíveis a ridícula semana de tarefas abstrusas
e comezinhas a lambuzar suas nadadeiras de matéria desconhecida e gosmenta e se
sol ou se chuva ninguém sabe que ninguém olha ninguém olha o dia lá fora o
passado não mais que um ontem (ou no máximo ant’ontem) e o futuro não está
adiante eterno porvir água ao seu encontro futuro-aqui e o agora não é estar
não é estaca não é pilar não é jaca só um olhar que ondula tonto como o rabo e
pouco vê além de reflexos quiméricos nesse córrego-mar maravilhoso e enganador
e portanto as citações esplenomegálicas em palavras longas nenhuma similitude
com a tarefa seminal ou o prazer gratuito ou a alegria genuína de quem não nada
habitante desse trecho curto desse ribeiro tímido território alimentativo de
peixinho-inho sob o respirar majestoso do universo que se concebeu muito tempo
antes dos primeiros laivos amebóides de consciência para a qual repentina e
microssegundezimamente a realidade em eterna e pétrea aparição impera vera e
única sem arestas seixo no leito do córrego no fundo do fabuloso canyon do
peixe tolo
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